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terça-feira, 7 de junho de 2011

Educação voltou a ser prioridade no Paraná

Educação voltou a ser prioridade no Paraná

Ademar Traiano*


Durante os últimos anos a educação só era importante no Paraná nos discursos oficiais. Na prática, o que existia era um quadro sinistro. A rede de escolas estava sucateada. Nada menos que 143 delas operavam sem condições mínimas de funcionamento prejudicando milhares de alunos da rede estadual.

Eram salas de aulas com goteiras e infiltrações, problemas nos telhados, inundações em escolas localizadas em fundos de vale, refeitórios e cozinhas interditadas, paredes com rachaduras e pisos comprometidos; edificações depredadas, muros tombados, problemas elétricos e nas tubulações de esgotos.

No transporte escolar, também uma tragédia. Os ônibus escolares eram usados como moeda política. A entrega desses veículos obedecia um calendário eleitoral que não levava em conta a necessidade e urgência das crianças que precisavam ir para a escola. Se tudo isso fosse pouco ainda existiam escândalos cabeludos envolvendo compras de material escolar com suspeita de superfaturamento, diárias frias, merenda superfaturada e irregularidades de todo tipo.

No ensino superior a situação não era melhor. Encontrava-se ali uma combinação de abandono e descaso. O Estado, com frequência, não repassava recursos para universidades estaduais, como era o caso notório da Universidade Estadual de Londrina.

Tudo isso começa a mudar. Em cinco meses o governador Beto Richa resolveu um drama que se arrastava por oito anos e afetava a vida de 35 mil professores do Paraná. É o caso Vizivali. O governador conseguiu, depois de exaustivas negociações com o Ministério da Educação, uma fórmula para regularizar a situação dos milhares de professores que concluíram o programa de capacitação para docentes pela Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu (Vizivali), mas não conseguiam validar seus diplomas.

Os professores que já fizeram complementação em instituições de ensino superior reconhecidas pelo Ministério da Educação terão os diplomas de Pedagogia aceitos para fins de ingresso e promoção na carreira do magistério. Cerca de oito mil profissionais estão nessa situação.

Para o restante dos professores serão oferecidos dois períodos de cursos de Pedagogia, à distância, pelas universidades estaduais do Paraná e pelo programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), do governo federal. Com as medidas anunciadas todos terão a situação regularizada.

O governo do Estado também autorizou o início da licitação para a aquisição de 84 novos itens da merenda escolar. A medida permitirá melhorar a qualidade do lanche distribuído a mais de 1,3 milhão de alunos da rede estadual de ensino. Além dos itens tradicionais, serão incluídos na compra carnes congeladas, barras de cereais, sucos, saborizador de leite, biscoitos diferenciados, macarrão talharim, entre outros. O investimento será de cerca de R$ 118 milhões.

O governador também anunciou uma solução para o custeio do transporte escolar, com o repasse de R$ 58 milhões este ano. O valor, a ser repassado a todos os 399 municípios do Estado, representa mais do que o dobro do total repassado em 2010, que foi de R$ 28 milhões.

Também as escolas de educação especial receberão maior atenção do Estado, que dará apoio técnico e financeiro, entre elas as Apaes. Serão liberados pelo Estado 341 profissionais que atuarão nas cem instituições credenciadas. Mais de dez mil alunos serão beneficiados.

A situação caótica começa ser revertida. A educação deixou de ser apenas mais um tema para discursos delirantes e voltou a ser uma prioridade real no Paraná.

*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo na Assembleia Legislativa.

Fonte: Jornal Agora Paraná

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